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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Que as coisas aconteçam

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Lavoura Arcaica - filme. (vlw Samu) Eu quero mais que as coisas aconteçam. Quero que os solteiros se casem e façam festas de despedidas cheias de loucuras. Quero que os casados se separem por razões de adultério, e que se formem triângulos em todo o mundo. Quero que os meus amigos mais comportados tenham overdose das mais diversas drogas, ou fiquem loucos com as  bebidas até a pouco desconhecidas. Quero que as coisas aconteçam. Quero que o casal mais inesperado se forme e que o amor de sempre se separe. Quero saber das histórias que meus pais guardam em túmulos, quero que as meninas tenham caso com homens casados, com homens drogados e com homens santinhos. Quero que o nerd se solte; que use a melhor fantasia da festas e que dance no palco nú; e quero ver o solto indo às missas e cultos Quero ser chamada pra assistir reuniões no candomblé, quero afogar no mar e apaixonar pelo salva-vidas. Quero ter salva-vidas. Quero outra vez me apaixonar. Quero mais que

Podem me tirar tudo que tenho

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Obrigada pela foto e pela triste inspiração, A.    Sem espaço para amor, sem espaço para aproximação, sem espaço para a amizade existente. Tento por frestas de um casaréu que se fechou, tento por janelas que há pouco se emperraram. Existem sorrisos sinceros nos vãos entre a chave e a fechadura, só que o tempo de abraço se esgotou.    Um ligeiro ninho de teia se formou com os desgastes dos erros, das grosserias agora não suportadas, e com a ausência no lar. Uma crosta de poeira seca impede a abertura. Ela já saiu, não precisa deste lar, arrumou abrigo. A alma nossa nas músicas se perdeu; nosso tempo se perdeu.               Amores guardados. Afetos guardados. Ardores em cinzas: a necessidade se extinguiu. Você ainda é parte das pessoas que preciso, das almas nos potinhos. Você é uma porta para reaproximações. É lógico que a culpa foi em partes minhas, e só por não demonstrar tudo aquilo que sentia. Que ainda sinto. Só quero reviver as luzes claras que atravessam estas fresta

Asas de Cera

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Hoje saímos, sentamos E conversamos. Falamos sobre nossas tristezas E rimos delas. Emocionamos. Sentimos a confiança desse laço –  Que é apertado E também bem aberto. Disse-me sobre manter-se forte Na intenção de nos apoiar. Falamos sobre pessoas fortes em momentos de fraquezas. Contou do Meu herói com olhos charcos, Desesperado e sem saídas. Rimos de nossas histórias Sem graças. E mostrou-me o quanto Pode doer o peso de algumas Palavras. Ditas com força, Com impacto ancoradas. Hoje saímos, bebemos e Falamos sobre o que pouco, nada ou muito Importa. Sobre dores, Sobre amores, Sobre amizades e confianças. Hoje dividimos o limão e mais uma vez notamos Que somos movidas e abaladas pelas mesmas coisas, Por poucas coisas. Hoje te ouvi – como em poucas oportunidades. E confiei mais em ti, Só por ouvir. E opinei sobre o seu sentir que muito se parece Com o meu. Hoje me envolvi na desnecessidade de termos, ou De acomod

Amor em Não Amar

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Samuel manjador das fotografias colaborando para o embelezamento da página. Obrigada, seu esquerdo.       Amor em não Amar não passa de miopia generalizada.     O título inicial se referia ao Amor pela negação de um romance, de um relacionamento. A negação pelo que me prendia. Porém, tornou-se paradoxal . O Não Amar durou nada em mim. O amor me consome. Amor à vida, às pessoas, ao universo como um todo. A paixão me consome com suas asas desde o esôfago até o duodeno, e a admiração pela arte me absorve para os buracos negros finitos da vida.    O Amor em Não Amar faz parte de uma visão amorosa do mundo, das pessoas e da beleza que parece não existir. O Amor é a retina que lê a imagem precocemente, que insiste em ver tudo uno, tudo em fluxo; o Não Amar são os óculos que obrigam a retina a aceitar seu foco, e que joga todo o meu mundo para o lugar que julga certo ficar. O Amor em Não Amar é a miopia em briga com as lentes; é a visão ampla, turva, confusa que insiste na ampliação

O meu céu

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Setembrite

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Google Não quero pensar em você e sentir meus olhos brilharem. E sentir borboletas se lançando e laçando meu estômago. E sentir brotar nos lábios aquele sorrisinho besta, sorrisinho bobo de quem parece estar apaixonada. Não quero lembrar as nossas noites e enlouquecer ao pensar em não te ter. Não aqui, não agora e nunca. Não! Eu quero. Ter você como alguém especial, Alguém que vive longe e me entende. Iludir-me ao perceber que estará aí pra mim quando eu precisar. E quando não precisar. Quero sim sentir-te diferente. Único. [...] Quero poder desumanizar você. Desviver a sua carne e pegar sua alma em meu corpo, mesmo que eu precise fazer uma enorme capa de proteção: quero essa energia boa. Essa sensação que é estar perto de ti. Seu sorriso transborda apenas uma parte do que quero e ainda vou sentir. Quero arrancar dessa alma as suas tristezas, Te ajudar a seguir o que gosta, a sua felicidade. Pensar na sua angústia entristece a mim, e ao mundo. Quero retir